Jogos x Educação: entretenimento versus aprendizagem

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Como os games podem ser usados no aprendizado e na educação:

Existem alguns games que não são criados especificamente para educar ou visando o aprendizado – ao menos não diretamente. Mas existem vários títulos de games bem famosos que indiretamente, podem contribuir para o aprendizado de crianças, jovens e porque não de adultos.

  • Civilization

Já citamos o potencial do Civilization V como um desses títulos, que além de entreter e de ser um game bastante jogado no mundo e por ser um título de alto nível gráfico e de estratégia em turnos, tem uma parte lúdica, quando tem disponível informações acerca de grandes civilizações que reinaram em tempos distintos na história da humanidade.

Além disso, pode ajuda a desenvolver o raciocínio estratégico, político e social, já que tem como objetivos, desenvolver toda uma civilização, e ainda se relacionar com outras civilizações, tanto belicamente, quanto politica e econômicamente. Pode-se investir em desenvolvimento tecnológico, desenvolvimento cultural, religioso, criar um império bélico ou pacifista. Tudo vai depender das escolhas realizadas pelo jogador durante o jogo.

Utilizar um game como o Civilization V (pode ser qualquer versão) como um instrumento de aprendizagem pode ser uma ótima escolha. Já citei em um post anterior (veja: https://www.escoladejogos.com.br/noticias/escola-nova-iorquina-adota-games-como-material-didatico/), o uso de games adotados por uma escola de Nova York, e que utilizam, além de outros recursos digitais incluindo outros games, o título Civilization. Isso incluso na grade curricular da escola. É difícil prever o impacto que isso tem na educação das crianças, mas que deve tornar o aprendizado mais divertido, quanto a isso não restam dúvidas.

  • Sim City

Um outro título que segue mais ou menos a mesma linha desse pensamento – ou seja, títulos que visam o entretenimento, mas que, de uma forma ou de outra, acabam tendo um aspecto lúdico – é o SimCity. Nele, o jogador é um prefeito de uma cidade – customizada ou não – e tem a difícil tarefa de administrar aquela cidade.

Claro que nem pensamos muito nas questões lúdicas enquanto se joga o game, mas indiretamente – ou mesmo diretamente – é preciso desenvolver um senso de planejamento estrutural, afinal de contas, construir um bairro residencial com várias indústrias a sua volta pode ser extremamente perigoso: aumenta o nível de poluição, criminalidade alta e etc. Enfim, é preciso desenvolver algum tipo de raciocínio estratégico, tanto para construir a cidade, quanto para administrá-la.

Existem opções de impostos, onde eles incidem, quanto incidem (estradas, bombeiros, efetivo policial, imposto residencial, comércio, indústria, etc). Além disso, é preciso investir em educação, cultura, entretenimento para seus cidadãos, transporte e várias outras opções de investimento estrutural (água, energia elétrica), administrativos (aeroportos, rodoviárias) e etc.

Pode ser uma boa maneira de ensinar as crianças e adolescentes como é difícil a tarefa de um prefeito ou um funcionário de administração pública, como os nossos governantes, na tarefa de administrar desafios, problemas imprevistos, a máquina pública, os impostos e etc.

Em breve iremos postar algumas novidades e releases sobre este jogo. Suas atualizações, a última versão, novidades, como ele pode contribuir no aprendizado de crianças e adolescentes e se existe alguma instituição que se utiliza desse título para ensinar.

  • The Sims

Um outro título que chama a atenção é o The Sims. Desde o seu lançamento, uma infinidade de variações desse tipo de game vem ganhando espaço em consoles e pcs. Principalmente em redes sociais, como o Facebook, Orkut e etc, desde simuladores de ilha até de restaurante. Claro que usando poucos recursos gráficos e uma jogabilidade bem mais limitada. Mas a idéia é bastante próxima dos games The Sims e Sim City.

O que chama a atenção realmente no The Sims, é que, salvo algumas versões posteriores, ele não carrega nenhum tipo de violência explícita. É um simulador de uma vida normal, de uma família normal. O pai trabalha, a mãe tem as tarefas da casa, os filhos, cada um com uma personalidade diferente… na medida em que se vai jogando, o jogador vai adquirindo mais dinheiro, o que permite comprar novos móveis para casa e etc.

Pode ser também um bom game para se utilizar no aprendizado, já que simula uma vida real, podendo o jogador ter uma noção mais verdadeira da difícil tarefa de administrar uma casa, uma família. Conciliar os gostos, os momentos de lazer, de estudo e de trabalho. Pode ser uma excelente ferramenta nesse sentido.

Atualmente, está sendo lançado o The Sims Medieval. Com ele o jogador escolhe ser um monarca da Idade Média. Ainda não tivemos acesso ao mesmo, mas irei postar um reportagem que dá uma visão geral dessa nova versão do The Sims. Parece ser bastante interessante, já que apresenta novas funcionalidades e insere o jogador em uma época bem diferente da nossa. Pode ser bom para o aprendizado dos costumes, valores culturais da época, relações de poder…

Conclusão

Seja como for, utilizar jogos digitais para o aprendizado está se tornando uma tendência cada vez maior no mundo de hoje. Isso porque o universo digital está se espandindo rapidamente. O uso de tecnologias em salas de aula já é uma realidade em países como Estados Unidos, países da Europa, Japão e muitos outros. E no Brasil não está sendo diferente. As universidades hojes estão inserindo cada vez mais laboratórios computadorizados com equipamentos de última geração e softwares específicos voltados para esse fim, a educação.

O processo de inclusão digital que estamos assistindo no Brasil ainda está muito aquém do ideal. Não só com relação ao maquinário – hardware e software – mas também é preciso educar os próprios professores e educadores e mostrar o potencial de ensino de softwares e games na área educativa. Ainda existe muito preconceito nesse sentido.

Outra questão igualmente importante que deveria ser debatida, é a questão dos impostos. As altas taxas de impostos que incidem sobre produtos de tecnologia é muito alto, o que dificulta na hora de difundir essas tecnologias para as camadas mais pobres da sociedade.

Enfim, existe ainda um caminho longo a ser percorrido, mas estamos no caminho certo.

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